Fik-Shounen: The Lost Canvas, isso sim é Saint Seiya!

 Olá, tudo bem? Hoje no domingo espetacular, segunda, é ressuscitada a minha, a nossa, a sua, a coluna resenhista animística mais popular do país recente e reformulada. Inicia-se o Fik-shounen.

O assunto do post é tananananaaaaan com diz o título The Lost Canvas, advirto-lhes, jovens leitores que ainda não viram toda a obra esse post tem alguns milhares de spoilers que podem deixar sua leitura um pouco menos surpreendente.

Bom para aqueles que ainda não leram, mas conhecem a série Saint Seiya ou Os cavaleiros do Zodíaco, The Lost Canvas se passa na Guerra Santa que antecedeu a que Seiya e os outros participam. Ou seja, relata o passado e explica como aconteceram coisas como o selamento de Hypnos e Thanatos, a criação do Rosário de 108 contas que serve para selar os espectros (cavaleiros imortais de Hades), mostra como morreram os cavaleiros de ouro mais machos da história e vários acontecimentos que tem resultados decisivos na guerra seguinte e facilitaram bastante as coisas pros cavaleiros da geração seguinte.

O personagem principal em The Lost Canvas é Tenma de Pégaso, que tem a alma do herói lendário que conseguiu ferir Hades na era mitológica. Tenma desde criança é amigo de Alone e Sasha, sendo que esses são respectivamente o receptáculo do deus do Submundo, Hades e a reencarnação da Deusa da Guerra e da Sabedoria Atena. Eles crescem juntos, até Sasha ser levada ao santuário por Sisifo cavaleiro de ouro Sagitário, deixando para trás Tenma e Alone, ainda inconscientes de seus poderes e de seu destino. Um dia uma enchente ameaça destruir a vida de Tenma e ele se vê obrigado a tentar destruir uma grande rocha, ao elevar seu Cosmo atraindo assim a atenção de Dohko de Libra.


Isso é um resumo rápido do começo da estória toda. Depois disso a guerra se desenvolve, muitas batalhas, muitas mortes.

O ponto positivo e mais chamativo em The Lost Canvas foi pra mim a chuva de testosterona dos cavaleiros, principalmente dos de ouro, até o cavaleiro de peixes é macho com M maiúsculo (quem conheceu Afrodite sabe como isso é algo significativo). Os cavaleiros de ouro morrem de várias formas, de lutas fantásticas contra espectros até selando deuses em caixinhas. É um genocídio de bons personagens, muitos que dariam excelentes protagonistas inclusive. Um ponto no qual o Lost Canvas tem a vantagem sobre o original é a utilização e desenvolvimento dos personagens secundários, por se ter bem menos personagens principais (de cinco de bronze reduzimos o grupo para Pégaso, Atena e Hades) que se tornam bem mais marcantes, um exemplo é Regulus de Leão que usa sozinho a Exclamação de Atena, ou Manigold que trolla um deus. Entre outros exemplos.


Mas a série peca justamente no ponto onde melhor trabalha: O aproveitamento dos secundários. Todos tem sua utilidade, mas muitos morrem de maneira decepcionante. O que dizer de Degél, cavaleiro de aquário, morto somente para aplacar a ira de Poseidon afogado? Sisifo de Sargitário que deixa o próprio coração ser arrancado? Aldebaran que se deixa atingir inúmeras vezes pelo inimigo apenas por achar que o tal poderia mudar e depois de tudo morrer para dois inimigos aleatórios? São muitos os que morrem do nada, por nada. Apenas morrem em uma luta ou outra pra derrotar um espectro que nem juiz do inferno era... Um pecado matar tantos bons personagens alguns sem motivo, mas eles morrem da mesma forma.

Outro ponto fortíssimo é a relação dos protagonistas. Sasha e Alone são irmãos de sangue e cresceram junto com Tenma, uma coisa que já é clássica na série, essa profundidade das relações entre personagens. Alguns com ligações que advém do passado trágico, como Apros e Defteros que são irmãos Gémeos destinados a se matar, ou Regulus filho do cavaleiro de ouro assassinado pelo poderoso Radamanthys. Outros como Dohko e Shion que tem uma amizade de longos anos, ou Sage e Manigold, que são mestre e aprendiz, respectivamente. Mais um ponto positivo, é o trabalho em cima desses laços, o que deixa claro que não são apenas soldados ou cavaleiros, mas seres sociáveis e que tem ligações uns com os outros.

Não falarei muito do final, que todos que já assistiram o Saint Seiya original devem conhecer, Hades é selado, Shion se torna mestre do santuário e Dohko guardião do rosário de 108 contas e ninguém sabe o que se sucede com Tenma, Sasha e Alone. O que deixa o final um pouco vazio e com aquela sensação de "não explicou tudo, que droga" para quem esperava um fim mais detalhado e não tão jogado ao léu como foi o caso de The Lost Canvas.

De toda forma, eu recomendo muito caso você ainda não tenha lido/assistido esse mangá/anime.

A outra recomendação dessa semana é um anime levemente popular: Umineko no Naku Koro ni.
O anime é baseado no jogo/visual novel de mesmo título. Narra a estória de Battler Ushiromiya que tenta desesperadamente salvar sua família da maldição da Bruxa Infinita, Beatrice.


A série tem pra mim um desenvolvimento que é um pouco confuso no começo, mas que se torna cada vez melhor e mais interessante, conforme se descobrem os segredos e novas possibilidades por trás de cada acontecimento no anime. Uma obra interessante e que vale a pena dar aquela assistida até o final.



Deixo com você a abertura desse anime fenomenal. Lembrando que aceitamos dicas de temas/animes/mangás para tratarmos aqui nessa coluna. E não esquece de curtir o nosso Facebook  e nos seguir no Twitter. Espero vocês nesse mesmo Bat-site, nessa mesma Bat-coluna, até a próxima semana.